O vereador William Alemão (Cidadania) expressou sua preocupação com a situação crítica enfrentada pelas comunidades ribeirinhas de Manaus, que começam a ficar sem água potável, durante um aparte ao discurso do vereador Bessa (PSB), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta terça-feira, 10/9, que expôs o caso da comunidade do Abelha. Alemão reforçou a urgência de uma resposta eficaz e imediata por parte do poder público, destacando que a falta de água limpa coloca em risco a saúde dos moradores dessas localidades.
"Neste fim de semana também estive em uma área rural de Manaus, notei lá que está todo mundo preocupado porque não vai ter água potável. Infelizmente, falta ao poder público entender a necessidade dessas pessoas", afirmou o vereador.
Segundo ele, a solução, como a perfuração de um poço, não exige um longo tempo para ser executada e concluída, mas apenas alguns dias, e que a demora em agir para solucionar a questão da falta de água potável pode ser fatal para as comunidades ribeirinhas e rurais da cidade.
Alemão criticou a falta de prioridade da gestão David Almeida, em relação às necessidades básicas das comunidades rurais. Ele lamentou que, em vez de ações concretas, o foco esteja muitas vezes em ações estéticas, como a pintura de estruturas e o uso de drones para promover uma imagem de gestão eficiente nas redes sociais.
"A situação da seca, que neste ano apresenta níveis mais baixos, em relação ao ano passado, agrava as condições de vida dos moradores dessas comunidades. Além da falta de água, há as dificuldades logísticas de levar alimentos e suprimentos às comunidades rurais”, observou.
Para Alemão, a falta de planejamento e uma ação antecipada são problemas recorrentes na atual gestão. Ele criticou a Prefeitura de Manaus por deixar para "os 48 do segundo tempo" decisões importantes, sem apresentar um plano concreto e transparente para enfrentar a seca deste ano.
"Onde é que está o plano? Onde é que estão as ações? Onde é que está o orçamento para que, efetivamente, o nosso povo não tenha que sair e abandonar suas casas e suas lavouras desesperadamente para a cidade de Manaus?", questionou.
O Executivo municipal, salientou Alemão, precisa elaborar e apresentar um planejamento estratégico que considere as particularidades geográficas das comunidades ribeirinhas de Manaus, e se solidarizou com a comunidade do Abelha e outras localidades que estão sofrendo com a crise hídrica.
"Eu me solidarizo com a comunidade do Abelha. Mas nós precisamos olhar para toda a extensão da nossa cidade, que vai desde o Paraná da Eva até o Engenho, próximo à Itacoatiara, e garantir que essas pessoas tenham o mínimo para viver: água potável e alimento", concluiu.
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Texto – Assessoria de Comunicação do vereador William Alemão
Foto – Mauro Pereira – Dircom/CMM