A partir de 9h da manhã, no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM) na próxima quarta-feira(20), o líder do Cidadania vai ampliar o debate sobre a precária situação dos moradores da rua Topázio e arredores, localizada a comunidade Pingo D'água, no Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus.
O vereador William Alemão (Cidadania) vai ampliar o debate sobre a situação de vulnerabilidade em que se encontram os moradores da rua Topázio e redondezas, no bairro Jorge Teixeira. A solicitação foi motivada devido a falta de ação do poder público para reverter os estragos causados pelas chuvas na vida de pessoas que moram em áreas de risco, como esta.
Há um ano, houve um deslizamento de terras na rua Topázio. A tragédia culminou na morte de 8 pessoas e deixou vários desabrigados causando grande comoção.
No dia seguinte ao deslizamento, autoridades como o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, além do prefeito, David Almeida, e do governador, Wilson Lima, estiveram no local e prometeram ajudar a comunidade, inclusive com a construção de unidades de habitação populares.
“A situação do deslizamento, onde morreram 8 pessoas, completou ontem um ano e, infelizmente, até o momento não teve absolutamente nenhuma obra no local. Teve visita de dois ministros, teve visita do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal, mas - infelizmente - só foi feito um tapume. A rua - até hoje - está fechada, o comércio está morrendo, a situação de bandidagem é muito grande, pois não se consegue nem trocar as lâmpadas, porque tem aqueles dentes de dragão. Então a comunidade me solicitou, a mesa permitiu e nós vamos realizar esta Tribuna Popular, na próxima quarta-feira, para tratar deste assunto.”, esclareceu o líder do Cidadania na CMM.
Conforme foi amplamente divulgado na mídia, na ocasião do acidente, as autoridades prometeram apoio à comunidade Pingo D´água, além de outras na região, como a comunidade da Sharp. Contudo, mesmo após um ano do ocorrido, os moradores da região reclamam que nada foi feito.
Na ocasião, os moradores em que as casas se encontravam em situação de risco de desabamento ainda foram retirados do lugar e encaminhados para a escola municipal Helena Walcott, localizada na rua Itaúba, que funcionou como abrigo por um curto período. Informações apuradas pela imprensa, dão conta de que a comunidade existe há seis anos e que na época do acidente, 70 famílias moravam no lugar.
A Tribuna Popular vai dar voz aos cidadãos que ainda clamam por ajuda do poder público.
“ A Defesa Civil veio aqui, colocou esse tapume, fechou a rua e não apareceu mais. Estamos nessa situação há um ano. Em dias de chuva, como o de hoje, eu fico morrendo de medo. Aqui nesse terreno em que eu vivo moram 3 famílias, o IPTU já chegou aqui pra eu pagar, mas a Prefeitura não aparece nem pra capinar o mato que está no terreno e serve como abrigo para mosquito e outros bichos.”, reclama a dona de casa Delanilde Gomes da Silva, moradora da rua Topázio.
Foto: Mauro Pereira