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William Alemão aponta ‘terrorismo’ e sugere que população volte a comer peixe em Manaus

quarta, 29 de setembro de 2021

Em solidariedade aos feirantes e a toda cadeia produtiva do pescado, o vereador William Alemão (Cidadania) aproveitou a tribuna popular desta quarta-feira (29/9), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), para denunciar o que chama de “terrorismo”, o que estão fazendo em relação ao consumo de peixe na capital amazonense. O parlamentar criticou as fake News (notícias falsas) relacionadas a possíveis contaminações do produto, provocadas pela rabdomiólise ou “doença da urina preta”, e sugeriu que a população volte a comer peixe, principalmente o criado em cativeiro.

Alemão lamentou os prejuízos provocados pela repercussão negativa na mídia, principalmente para os feirantes, e propôs que haja uma grande ação de esclarecimento nas redes sociais, tanto por parte dos vereadores, quanto dos setores de comunicação das feiras e do próprio município.

“Temos que deixar claro para a população que a doença existe, mas num índice muito baixo em relação ao terrorismo que fazem com os feirantes, com toda a cadeia produtiva. Cinquenta toneladas de peixe jogadas fora…, é inadmissível. Isso acontece em Itacoatiara e em outras feiras daqui de Manaus. Precisamos fazer uma ação nas nossas redes sociais para ao menos amenizar o sofrimento daqueles que vivem da venda desse pescado”, sugeriu.

William Alemão tem se manifestado sobre o assunto por onde passa. Foi assim no último dia 21, quando participou normalmente do almoço promovido pela Associação Independente dos Piscicultores do Amazonas (Aquam), e no fim de semana passado, em Rio Preto da Eva (a 70 quilômetros de Manaus, por ocasião do 3º Torneio de Pesca Esportiva Caramuri.

A finalidade, segundo ele, é desmistificar o que se criou de negativo em torno de produtos como tambaqui, pirarucu e pacu, por exemplo, e contrapor a questão com problemas herdados diretamente da pandemia e da última grande cheia.

“É um estrago grande. Os restaurantes também sofreram muito. As peixarias ficaram fechadas uns seis meses e, quando voltaram a funcionar, o movimento caiu até 75%. Em algumas, essa queda chegou a 80%”, lamentou.

O almoço da Aquam foi realizado em um restaurante do Distrito Industrial, zona Sul de Manaus, e consistiu no incentivo ao consumo de peixes de cativeiro.

De acordo com estudos da associação, até o momento, não há nenhum caso confirmado da doença ligado aos peixes criados em viveiro.

No Rio Preto, William Alemão pôde sentir o grau de dificuldade que tem atingido muitas famílias, tanto na capital quanto no interior do Estado do Amazonas.

“Estive na região do baixo Rio Preto, próximo ao Novo Remanso, e não consegui um caminhão de gelo sequer, porque todos estavam frigorificados em Manaus, com peixe, para não estragar. Isso é fato: notícias que foram amplamente divulgadas e sem nenhum embasamento técnico; dá para chamar de terrorismo e prejudicou toda essa cadeia”, insistiu o vereador.

Tribuna

A fala de William Alemão reforçou a proposta da tribuna popular desta quarta-feira, na CMM, ao fazer um esclarecimento para que as pessoas possam comprar o peixe sem nenhum medo e, sobretudo, sejam orientados para isso.

Coordenada pela vereadora Yomara Lins (PRTB), a tribuna teve a participação do presidente do Sindicato dos Feirantes de Manaus, David Lima da Silva; do diretor da entidade, Stevenson Pantoja; da subsecretária da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania) (Semasc); do engenheiro de pesca e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Roger Crescêncio; e do advogado Tiago João Sales Botelho, representante jurídico dos feirantes de Manaus.

Entre as várias observações feitas durante o evento, os participantes enfatizaram que a situação é grave. Muitas famílias estão sem o sustento e atravessam a maior tragédia pública dos últimos 100 anos.

Além da necessidade de uma maior conscientização acerca do assunto, surgiu também a proposta de que o poder público, por meio de algum ajuste ou termo de cooperação técnica, compre os pescados dos produtores e revendedores, e os distribua para orfanatos, casa de idosos e afins, com a clareza de que o produto é bom e o universo de contaminação é o mínimo possível.

Vídeos

William Alemão tem divulgado vídeos nas redes sociais e, num deles, o pesquisador Roger Crescêncio, que esteve com William Alemão no almoço da Aquam, explicar os motivos de que comer peixe de cativeiro faz bem.

Segundo ele, a rabdomiólise pode ser transmitida por diversos fatores como: exercícios físicos ao extremo, choque elétrico, alimento contaminado, salmonela e também pelo consumo de peixe. Em relação a esse último, o pesquisador relata que a mesma ocorreu pela primeira vez no Amazonas em 2008 no Amazonas, e acontece geralmente na época mais quente do ano, em que as águas de lagos e rios estão mais quentes.

“Há um grande crescimento de microorganismos na água que produzem uma toxina chamada palitoxina, que contamina o peixe e que, quando consumido, desenvolve essa síndrome da urina preta. Já foi encontrada em vários países. Mas, é importante a população saber que nunca em peixe de cativeiro, em peixe de piscicultura”, esclareceu.

E continuou:

“Ainda se tem dúvidas se esse microorganismo que causa essa toxina dentro da água, se é bactéria, se é planta ou fungo. Não se sabe ao certo. O que se tem de extrema certeza é que isso não acontece em cativeiro. Se você está com medo de comer peixe, está parando o consumo de peixe que é muito importante para nossa região, por medo dessa doença, não tenha medo do peixe de cativeiro. Várias vezes tentaram colocar a culpa no peixe de cativeiro, mas isso não existe. O peixe mais se seguro para se comer é o peixe da piscicultura. Coma sem medo nenhum”, finalizou.

 

Texto e fotos: Assessoria de Comunicação do vereador


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