A crise na saúde mental de parte da população manauara, agravada principalmente durante a pandemia de Covid-19, continua a receber atenção especial na Câmara Municipal de Manaus (CMM), por meio do programa “Terapia Online”. O serviço gratuito é disponibilizado pelo gabinete do vereador William Alemão (Cidadania) e já prestou 1.420 atendimentos, desde 15 de janeiro (quando começou a funcionar) até o dia 30 de outubro.
No início, o foco era assistir apenas as pessoas que estavam na linha de frente do enfrentamento à doença, mas, com a resposta positiva da população ao programa, esse número aumentou gradativamente, segundo William Alemão.
“Tudo isso é resultado do bom serviço que tem sido oferecido, das indicações de um paciente para outros interessados em conhecer o trabalho. Temos exemplo de pessoas que não saiam de casa, por conta da ansiedade e da depressão, mas que hoje estão mais positivas diante da vida, trabalhando e enfrentando seus problemas”, destaca o vereador.
Entre os vários motivos da procura pela terapia – que envolve um público-alvo formado por pessoas dos 12 aos 65 anos, com foco para faixa dos 22 aos 30 anos – estão: ansiedade, tentativa de suicídio, depressão, síndrome do pânico, fobia social, transtornos diversos e abstinência ao uso de drogas ou álcool.
Os atendimentos são feitos via telefone ou vídeo chamada, conforme a necessidade de quem procura ajuda ou orientação, diretamente com a terapeuta Cleópatra Vilapouca, que é assessora do parlamentar.
O objetivo é diminuir as desarmonias existentes, com a busca incessante pela solução de problemas físicos, mentais e emocionais dos pacientes.
“No início, não imaginávamos que o serviço seria tão bem aceito. O que mostra a carência das pessoas por atenção nessa correria diária. Às vezes, uma palavra, uma sessão e pronto: a pessoa sai revigorada, alerta”, sintetiza William Alemão.
A ação é executada às segundas, quartas e sextas-feiras, assim como aos sábados (casos de emergência), por meio do WhatsApp (92) 98442-3456 ou por mensagens via redes sociais.
“Tenho acompanhado a luta de muita gente, desde o pico da pandemia, e confesso que não tem sido fácil. Por isso resolvemos oferecer essa ajuda, essa prestação de serviço que tem salvado vidas”, ressalta o vereador.
Terapia integrativa
Para ter acesso ao serviço, a pessoa interessada entra em contato, informa o nome e a disponibilidade de horário.
“Todos se sentem bem acolhidos, pois a terapia integrativa trabalha tanto a parte psicológica quanto a emocional, além da energética e física do paciente. E cada atendimento é feito direcionado a promover o bem-estar daquela pessoa. Os casos mais graves são orientados a procurar um psiquiatra, mas recebem toda orientação para isso”, explica Cleópatra Vilapouca, que criou um ambiente, mesmo que por telefone, de empatia e bem-estar, em que a pessoa vai gradativamente descobrindo a causa de estar se sentindo mal, tratando alguns sintomas que diminuem a angústia do momento.
Confiança
Segundo a terapeuta, o que mais chama atenção no trabalho é a confiança repassada pelos pacientes, durante o acompanhamento, que pode ser a longo prazo ou não, de acordo com a necessidade de cada um.
“Deixamos sempre as portas abertas. Alguns só resolvem ser atendidos em 15 dias, outros só quando necessitam ou quando precisam tirar alguma dúvida. A pandemia fez com que a pessoa ficasse em casa, tendo de enfrentar a situação por muito tempo de forma escondida, o que só postergava a resolução do problema. De repente ela se vê sozinha e isolada para receber ajuda da família. Daí a importância desse trabalho de acolhimento, que é feito com muita empatia, com base em três eixos importantes da terapia integrativa, que são o emocional, o físico e o psicológico. Às vezes, ser ouvido, já faz uma pessoa se sentir melhor e disposta”, definiu Cleópatra Vilapouca.
Texto e fotos: Assessoria de Comunicação do vereador
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